sábado, 6 de setembro de 2014

Saudades!!

Ha dias em que a saudades é algo bem difícil de agüentar... O pior é que estes sentimentos aparecem em dias comuns, quando vc ta cozinhando café da manhã ou assistindo um pouco de tv...

E são esses momentos que nós fazem repensar essas decisões de morar fora do pais ou longe daqueles que realmente amamos...

Esses momentos nós fazem sentir falta de um abraço, de um carinho, de um cheiro... As vezes, até mesmo de uma discussão com aquelas pessoas, de uma tarde de domingo a toa comendo pipoca... Um sábado qualquer passeando no shopping... 

Quando eu sai do Brasil eu achei que sentiria saudades de duas pessoas, dessa forma tão dolorida... Mas pelo contrário, eu sinto saudades de todas aquelas pessoas que faziam parte da minha vida... 

Saudades de passar pra tomar um café na casa dos meus tios...
Saudades de visitar meus primos que já se casaram...
Saudades de ir na casa das minhas avós no domingo a tarde...
Saudades de ir dar uma volta em SP com alguns amigos...
Saudades de ver um filme de terror, atrás do outro, e ficar passando medo no cinema...
E muitas outras saudades...

Porque a saudade não é apenas sobre as pessoas... É sobre toda uma vida que deixamos para trás quando decidimos sair do pais... Nos faz ter q recriar todas as rotinas e costumes com pessoasnovas...

E back home, a vida continua... As pessoas continuam fazendo todo aquilo do que você sente saudades... Elas continuam de vendo, saindo, compartilhando uma vida... Vivendo aquela vida da qual vc saiu proppsotalnente...

E apesar de esses momentos serem um dos mais difícil da vida fora de casa... São os momentos onos quais precisamos estar tão certos da nossa decisão de correr atrás dos nossos sonhos... Pois se não o tivermos, serão esses dias de saudades que vão nós derrubar e nos fazer desistir! 

Ainda tenho mais longos (e curtos) 10 meses até o final dessa experiência e assim como esses primeiros 8 meses me mostraram, não será fácil e muita coisa acontecerá no Brasil, as quais eu terei vontade de voltar correndo pra lá... 

Mas esse é um dos desafios de morar fora... Conseguir gerenciar essa vontade, sem fazer nenhuma coisa maluca como pegar um avião pra casa e sem ser insensível e desaparecer da vida daqueles que estão passando por dificuldades/felicidades lá...

A vida fora é isso... É entender que vc saiu é que embora na sua cabeça seja como uma pausa no jogo, não é... É como se vc tivesse "morrido" naquela partida e tudo que pode fazer é dar uns palpites para aquela que ainda estão no jogo... E aí vc deve apenas esperar o relógio dizer a hora que seu personagem deve renascer de verdade!!!

E hoje, é assim que estou... Sentindo muita saudades de tudo isso, com uma enorme dor no peito, de não poder estar perto dessa vida.... Mas ainda assim, consciente de que eu posso continuar dando uns palpites até que o tempo se esgote e que eu volte ao jogo! 

Afinal, são apenas 10 meses e que deixarão muitas saudades no final! 

Amanda Manso*

domingo, 10 de agosto de 2014

Reflexões!

Há mais de 2 meses que eu não escrevo nada por aqui... Mas muitas vezes não é por falta do que escrever, mas sim por causa de como escrever.... Sentar-se perante a tela e soltar tudo aquilo que está poluindo a mente... 

Existe muita dificuldade em escrever, pois envolve uma externalizacao de sentimentos a qual nossa sociedade já não está mais acostumada.

Além dos sentimentos concretos, a escrita nos demanda tempo... O que nessa vida com prazo de validade é o que não falta...

Claro que não é a única coisa que falta... Faltam outras coisas, que assim como a vida, também tem prazo de validade e por isso se tornam instáveis e, algumas vezes, insignificantes! 

Afinal, esse é o grande problema desse tipo de vida de estrada... Quando não permanecemos muito tempo num lugar, começamos a aprender a não virar raízes, a não se envolver com as pessoas que a vida nos provem, pois assim como aquele tempo, naquela terra longínqua, essas pessoas acabam tendo prazo de validade... Afinal, nunca se sabe onde estaremos daqui a um ano... 

Hoje, estou numa estrada... Amanhã já posso ter chegado em algum lugar... 

São poucas as coisas que me deixam pra baixo nessa vida... As vezes  relacionadas a aquelas pessoas que ficaram, mas que mudaram tanto desde que vc saiu que você já não as reconhecem... Outras vezes são daquelas pessoas que você conheceu durante a jornada, mas de quem já se despediu, seja pela distância, seja pela falta de interesse de ambas as partes de estarem juntas...

Apesar do pesares, tenho que dizer que viver longe não é a missão mais difícil que podemos encontrar... Claro, isso quando falamos do mesmo plano material... Pois afinal a distância entre a carne e o espírito ainda permanece muito grande para a minha existência carnal aceitar e lidar com isso...

E isso é um dos motivos que m trazem aqui hoje... Dia dos pais!

Aquele dia no qual me lembro de todos os trejeitos daquela pessoa eu teve apenas uma participação breve, mas que foi suficiente para deixar um milhão de ensinamentos....

Foram 14 anos ao seu lado... Da infância a primeira adolescência... Do primeiro dia sem rodinha na bicicleta, até o primeiro porre... Da primeira escolinha pela qual insisti para ir, até o ensino médio, onde escolhi e comecei a trilhar meu caminho para a vida adulta... Vida essa quem trouxe até aqui, novamente, nessa estrada....

Mas muitas coisas claro influenciam a vida de uma pessoa... Os dias bons e os ruins... Os ganhos e as perdas... O suporte e a falta dele... Cada dia e experiência nos ensina uma coisa!

Hoje, não posso não me lembrar de duas pessoas que ainda hoje me fazem muita falta! Na verdade,são três... Mas uma delas que poderei ver em 4 meses, se deus quiser!

Infelizmente, com relação as outras duas... Há muitas memórias que posso ter sobre as duas num mesmo ambiente, durante diversos momentos e fases da minha vida... Acredito que a mais forte seja uma que envolve vários sentidos... Que me lembra local, momento, pessoas, cheiros e sentimentos... 

Aquelas tardes, nas quais vc chegava com a chave balançando na mão... Subia e entrava pela antiga porta da casa... Encontrava a gente lá na lavanderia... Eu brincando com alguma coisa ali no chão, enquanto a tia estava no tanque esfregando uma roupa com graxa... (Até hoje eu sei como tirar graxa)... E essas lembrança não tem um diálogo formado, pois dela poderiam ter vários diferentes, pois não passa de uma cena, da vida cotidiana... 

E no final, são os encontros que me marcaram... Não apenas aquele dia, mas todos um pouquinho... Não só com os dois... Mas com todos aqueles que já  passaram pela minha vida! 

Mãe, pai, irmão, tios, tias, padrinhos (ambos), madrinhas, avós, avôs, amigos, amigas, inimigos, animais, lugares, situações, experiências... Tudo isso me criou e me trouxe até aqui... E no final desse domingo de dia dos pais eu queria agradecer principalmente a minha família nuclear... 

Afinal, toda essa comemoração é a respeito dela... Minha mãe e meu pai, que lutaram juntos por nós... E a minha mãe, que continua lutando a cada dia! 

Sinto falta dos dois todos os dias! 

Feliz dia dos P(M)aes! 

Estarei te esperando no desembarque dia 03 de janeiro, as 11:30! 

Amanda Manso *

domingo, 27 de abril de 2014

A melhor viagem da minha vida... Até agora

Após 24 horas na Nova Zelandia já quero  chamá-la de A Melhor Viagem da Minah Vida (até agora)...

Paisagens maravilhosos em todos os lugares que olho... Hahah


Ta muito frio! Estamos em Queenztown desde ontem mas amanhã já vamos pra outra cidade! 


A trilha sonora que escolhi para o momento foi essa: 

"Dont stop me now... Don't stop me now cause I'm having a good time! If you wanna have a good time, just give me a call... I don't wanna stop at all"

Bom, a ansiedade vem tomando conta de mim por um momento... Mas lá vou eu... Tentar a felicidade em todos os cantos do mundo! 

See you after this!




sexta-feira, 25 de abril de 2014

A vida com os kangoroos!

A vida aqui na terra intitulado dos cangurus é sempre muito variável.... Há dias chuvosos, cheios de diversão.... Ao mesmo tempo que as vezes temos dias de sol com um pouco de tédio! 

As vezes penso sobre o porque disso aqui se chamar terra do canguru, afinal já estou aqui a quase quatro meses e ainda não vi o tal do canguru! 

E sobre as aventuras?! Ah, as aventuras que são sempre repletas de missões que vão desde as simples como tomar um banho até as complexas, como ter que encontrar a senha da barraca altas horas da noite! Hahaha



Sinto que a temporada aqui não poderia estar sendo mais bem aproveitada! Ah sim momentos de tristeza e de solidão, mas na maioria das vezes esses são compensados por ótimos jantares em companhia do prédio todo ou quem sabe maravilhosos por do sol no Magic Balconi... São muitas coisas que podem acontecer aqui nessa cidade... Nesse pia... Nessa terra doida do tal do canguru....

Desde que eu cheguei já quis estar no Brasil algumas vezes, principalmente nos momentos de dor e desespero.... Mas no geral, eu não poderia imaginar um lugar mais AMAZING para estar agora!



Já posso imaginar todas as histórias que terei a contar dessa temporada na austrália daqui uns anos! 



Austrália, obrigada! 

😉

quarta-feira, 12 de março de 2014

O que mais nos faz falta...

Muita gente vai pra outros países e começa a perceber o quanto gosta do seu próprio... Não por que os países são diferentes em si, mas pelas pessoas que acabamos deixando para trás quando partimos.

Acredito que aqueles que trazemos ao nosso lado na vida, aqueles poucos que realmente nós acompanham, são muito valiosos, pois nos momentos em que estamos prestes a cair eles estão lá para nos segurar.

Algumas pessoas acabam encontrando e criando novos laços nos novos países... Assim como acho que criei quando estive nos EUA... Porem todo período de adaptação é difícil e a dificuldade desses momentos é realmente sobre estar sozinho ao meio de tantos outros. E são nesses momentos que mais sentimos falta da nossa casa, nossa família, aquela tia que vc pode ligar e ou visitar a qualquer momento do dia, só pra ter com quem bater papo, aquele amigo que está sempre ali, mesmo que distante, para te alegrar num momento que apenas a presença de alguém é necessário.

Companheirismo é uma coisa complicada... Exige doação e caridade do outro e aceitação e maleabilidade de nós, pois conviver com seres humanos quase nunca é uma tarefa simples..

Porem, há momento em que não sabemos que caminhos seguir e que apenas nos vemos perdidos no meio da nevoa que rodeia as pessoas. Não conseguimos distinguir claramente entre todos aqueles, quais são os que estão ao nosso lado fisicamente e quais são os que estão do nosso lado emocionalmente.

Esses momentos são os que nos colocam em duvidas das nossas escolhas e dos caminhos que percorremos até agora. É também eles que nós fazem sentir tanta falta da nossa casa, onde temos nossa zona de conforto com relação ao relacionamentos e pessoas na nossa vida. 

E é assim que muitos dias por aqui se acabam... Cheios de frustrações e saudades de casa... Pq essa é a outra parte que ninguém conta no álbum do facebook! =P

Intercambio tem seus lados ótimos, maravilhosos, sensacionais... mas também tem seus dias cinzas e difíceis.

Amanda Manso*

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

1 mês na terra dos cangurus! [PARTE 2]

Claro que só nesse post eu não conseguirei contar tudo que aconteceu nesse um mes nessa terra aqui do outro lado do mundo, mas acho que da pra dar uma boa resumida na primeira semana e nas semanas normais subsequentes!

Chegamos aqui numa sexta e nossas aulas começavam na segunda... Logo tínhamos 3 dias "livres" para passear, conhecer a cidade, arrumar um lugar pra morar, aprender a chegar na faculdade, aprender a andar de bus, etc, etc, etc....

No nosso primeiro dia, resolvemos ir todos até a universidade para ver onde seriam nossas aulas e como fariamos para chegar lá, já que ficariamos morando no hostel por uma semana!

Nós ficamos hospedadas num hostel chamado Bunk, que é um lugar bem legal pra quem quer passar 1 ou 2 dias, mas péssimo se vc for morar lá por uma semana normal da sua vida, na qual vc tem aula e tudo. Só pra ter uma ideia, na primeira noite no Bunk, matamos a primeira (de muitas que vivem por lá) Matilda (nome carinhoso dado para as baratas)

Segue a foto do cadaver:


Baratas foram coisas comuns nas duas primeiras semanas de Austrália... Mas agora estou feliz que elas partiram da minha vida!


Como eu vinha falando, sobre nosso primeiro dia aqui, estavamos namorando a cidade... Tudo era lindo, tudo era legal! 

Quando resolvemos sair do hostel, conhecemos um cara bem legal, com uma Bolsinha, que ficou conhecido por um tempo como o Cara da Bolsinha... Hoje ele é o Brodi Andre, cara muito gente boa, que no primeiro dia foi uma especie de guia da galera, já que ele já tinha chegado antes de todo mundo e já tinha andado a cidade toda.

Eu não tenho uma foto dele, mas a próxima vez e eu ve-lo com a bolsinha, irei tirar uma foto para a posterioridade. 

Na nossa primeira visita a universidade, tiramos essa foto:

Primeiro dia no Campus! Todo mundo reunido, menos o Japa e as meninas(os) do Rio que não tinham chego ainda!

Também demos uma passadinha na FOFITO, que ainda tem um tom campestre! rs
Por incrivel que pareça, foi nesse mesmo dia que, por acaso, achamos nossa casa. O Cara da Bolsinha veio dizendo que tinha um "Pico" maneiro pra gente visitar, que a gente ia curtir a casa... Fez a gente andar uns 40 minutos embaixo do sol escaldante, pra ver se a gente realmente merecia a casa! rs (Mentira, ele se perdeu)

Apesar das queimaduras de terceiro grau na pele, a casa era legal mesmo... E alem de tudo, o prédio era coordenado por um Brasileiro, o que facilitava muito as coisas! 

Namoramos o lugar no fim de semana e na segunda feira ja fechamos com eles... ;)

Moramos uma semana lá no Bunk, íamos e vinhamos todos os dias de CityCat, que é tipo um ônibus, só que pelo mar.

Primeiro dia de aula, no CityCat, em direção a UQ!

Caminho para o Ferry!

Vista da cidade de dentro do ferry!

E assim nossa primeira semana foi se arrastando, até que no sabado finalmente nos mudamos para perto da universidade, num lugar que não teriam tantas baratas (depois de uma boa limpeza) e que poderiamos chamar de casa! =)

Assim eu ja contei a priemira semana, logo só faltam 3 pra eu concluir o post sobre o primeiro  mês! 

Logo mais! rs

Amanda Manso*

1 mês na terra dos cangurus!

Nossa, parece que foi ontem que eu sai da festa de Ano novo na casa da Tia Marcia em direção ao GRU.

Ha pouco mais de um mes, lá estava eu com o coração apertado, saindo de casa mais uma vez. Malas no carro, coisas prontas e só uma certeza: A saudade!

Apesar do coração apertado, a ansiedade para viver coisas novas e inesperadas era muito maior!

Vamos sair do começo, daquela festa de ano novo em família...


O bom de participar, nem que por apenas umas horinhas da festa de ano novo é que pude rever e me despedir de pessoas especiais, ao mesmo tempo que eu sentia que ali se encerava 2013, deixando espaço para um 2014 que viria cheio de novidades!

Ao dirigir para o aeroporto, eramos apenas nós dois, viajando em direção a 1 ano e meio separados... Mas o que seria mais um tempo longe para um amor que já vem sendo construído a tanto tempo? 

Assim, quietos e apreensivos, chegamos ao aeroporto... Eramos só nós dois num momento tão marcante...


E foi assim, numa noite de ano novo que me deixei novamente para trás todos aqueles que amavam, para viver mais uma aventura! 

Hoje já faz um mês que cheguei aqui nesse pais doido, mas entre eu sair do Brasil e chegar aqui, foram quase dois dias de viagem, que não também deixaram suas marcas!


No dia 01 de Janeiro de 2013, as 01h25 embarcamos em Guarulhos, rumo a Dubai, nossa primeira escala!



Após 14 horas de voo, uma janta, um cafe da manha e um almoço (pq viajamos no tempo e chegamos lá na noite do dia 01) encontramos um aeroporto bem legal e cheio de arabes!

Aeroporto de Dubai

Um M&Ms Gigante que pilota Camelos

Um McDonalds pra não perder a tradição de provar os sabores dele pelo mundo
Detalhe: Tudo escrito em arabe!
Após uma escala de 5 horas, voltamos nossa bundas quadradas para aquela cadeira horrivel do avião, para mais um longo voo em direção a Cingapura. Não tirei fotos do aeroporto de Cingapura porque só ficamos lá por 1 hora até limparem todo o avião que estava uma nojeira. 

Saímos de Cingapura e voamos rumo ao nosso destino final: Brisbane


Não posso descrever com palavras a emoção que sentir ao ver esse placa e ao mesmo tempo a tristeza... O motivo?
- Felicidade: Não preciso mais ficar horas no avião
- Tristeza: Droga, eu tenho que voltar pro Brasil da mesma forma daqui um ano e meio

Fora isso, a felicidade era geral de estar finalmente em terras Australianas.

Achei que seria atendida na imigração por um canguru ou coisa do tipo, mas por incrível que pareça, em 1 mes aqui eu ainda não vi nenhum! Nem coalas!

Vou contar por cima como foi a primeira semana aqui no próximo post, que está logo acima desse!

Bjs!!

Amanda Manso*